quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Além da estrada

Toda vez eles se perdiam,
Os caminho retos
Pavimentados
Eram tediosos.
Seguiam essas trilha ermas.
Capinzais
tortuosos.
Levava um tempo
Achar novamente o rumo.
Não eram de mal do mundo,
Como pensavam alguns
É que as paisagens mais bonitas
Estavam além das estradas seguras.
E claro se machucavam
De joelho ralado a corte profundo,
Mas nunca paravam de andar,
Era o trajeto que encantava
Bem mais que a direção.
De bem com a vida,
Sem pressa no passo,
Caipirinha, vodka ou espumante.
Água gelada relaxante,
Atravessavam rio a nado
Dispensando as pontes.
Nada contra o percurso confortável,
Do túnel que rasga a montanha. 
É que passar sem ver
O brilho das estrelas
Do alto das colinas era impensável,
Fogueira e violão os seus amantes.
Admiravam aquela vista do alto,
Podendo ver o tão, tão distante,
Mas também se embrenhavam
Em vales, florestas e pântanos.
E voltavam para a estrada sorrindo
Reecontrando os amigos deixados,
Planejando uma outra aventura
Uma nova fuga adiante.
Que prometesse algo radiante,
Qualquer certeza no incerto
Sem mapas ou roteiros.
Nunca deixavam de ser os mesmos,
Mas a cada novo dia
Mais sábios que antes.


Um comentário:

  1. "De joelho ralado a corte profundo,
    Mas nunca paravam de andar,
    Era o trajeto que encantava
    Bem mais que a direção.
    De bem com a vida,
    Sem pressa no passo..."

    Tão eu!!! rsrs
    Obrigada, tudo ficou mais que perfeito.
    bjo

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