domingo, 3 de abril de 2011

É Tempo de Saudade






 O Tempo continua a correr como o vento
O ano passou e me fez novos planos
Insano! Nem perguntou o que eu queria
Deveria eu ter explicado?
Pensei que ele saberia. Que escolheria o certo
Saudade não é um verbo que eu conjugaria 
Mas o tempo disse que saudade não é verbo
E ele é quem sabe sobre a vida.

Do portão de casa posso ver a rua,
Posso ver o poço, os carros posso ver.
Lembro de você, dá um vazio
Têm peças faltando em mim
Faz frio, não chove,
O tempo não está a fim.
Do portão da minha casa o mundo posso ver
Os pássaros cantarem, as folhas caírem, o Sol poer...

Troco de fuso só pra confundir
Dá um tempo, Tempo, preciso refletir
Quantas horas faltam para o dia acabar?
Quanto ar de solidão ainda tenho que aspirar?
Até ver de novo os seus lábios
Perder-me no seu espaço
A anos-luz daqui!

A quem quero enganar?
Tempos bons que não vão voltar.
Sinto falta dos seus apertados abraços 
E daquela cara de medo
Quando pensávamos que isso tudo pudesse acabar,
É... acabou... não foi o fim do mundo.
- " Na segunda eu me mudo
Não posso mais ficar..."

Não morri, como poderia se ainda respiro você?
O tempo passou, chegou o fim do ano
Fiz novas amizades, novos planos,
Meu coração que continua vazio
A pressa pede calma
Pois é tempo de saudade.
Não vou ficar sozinho,
Tão pouco é hora de carinho.


O Tempo é que me leva,
Ele que dita as regras.
A minha voz não tem vez
Mais um recomeço, tudo outra vez.
"Mas nem tudo é de novo aquilo que já foi",
Só me resta esperar como a história se formará,
Até que tudo esteja dito e feito.
O Tempo é que cria, eu só deixo do meu jeito.

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