domingo, 25 de maio de 2014

Vítima



Teu rubro sangue que me atiça:
Se torne minha eterna companhia,

Espere o macio toque da minha língua
Ou o perfurar indiscreto dos meus dentes,

Espere que eu esteja presente
Apenas quando o dia se finda,

E já espere a minha fuga repentina
Às cinco horas da matina,

Espere o vasculhar das minhas mãos frias
De surpreendentes lábios quentes,

Espere que eu seja um novo alguém
Diferente do Curupira ou Lobisomem

De apertados abraços salientes
Em luas cheias ou vazias,

Espere o elixir da longa vida
Caso me permita beber da tua fonte,

não espere que eu espere aqui,
Não é Outubro, nem Halloween

E eu já posso ouvir os seus gritos,
Você sempre poderá fugir,

Embora um bom filme de vampiros
Nunca tenha mesmo um fim.


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