sexta-feira, 14 de junho de 2013

ABSINTO


Por hora as coisas perderam o sentido
E eu parei de agir,
Me permiti mergulhar nesse absinto
Apenas pelo colorido bonito,
Apenas pra poder fugir.

Quando rasga a garganta, me muda,
Tudo ao redor perde a forma,
Meus amigos parecem se divertir,
Enquanto sinto uma saudade mórbida
Daquelas nossas brigas.

Enquanto meu mundo se curva
E a taça transborda,
Perco a vontade de te sentir,
A tua mordida sórdida,
Agora percebo fraca a tua Sidra.

Enquanto minha visão se turva
E meu riso brota,
Vejo quanto é fácil te substituir,
Tão volátil quanto Vodka,
Tão amarga tua saliva.

Agora que moras no meu peito morta
E nada existe, senão
Lembranças de ti.
Vais para sempre e não volta.
Some pra longe daqui!

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