Lavando a louça,
Água pra todo lado,
Senti molhar minha roupa,
Iniciava uma dor suportável
E uma leve dormência no braço,
Mas meu coração já batia rápido demais,
Escorrega um copo da minha mão instável
E sua estrutura de vidro se desfaz
Aquele sangue rubro já estava ali?
Santo Deus, ou foi eu que me feri?
Se aguente aí, minha filha,
E eu nem tenho papel!
A bagunça fica pra depois
As vasilhas também
Não consigo aturar a dor
De retardar esse neném
Quer tomar ar, sair de mim,
O que você tem em mente, faceira?
Onde eu estava com a minha cabeça?
Mas agora eu estou sozinha na cozinha
Sem toalha, água quente, caneta.
Do que se precisa nessas horas?
Mas ela está ali querendo sair,
Com receio, pois não está no horário.
Saí arrancando minhas vísceras,
Seria um aborto involuntário?
Mas respira, eu posso ouvir,
Bem vinda a Terra, pequena!Água pra todo lado,
Senti molhar minha roupa,
Iniciava uma dor suportável
E uma leve dormência no braço,
Mas meu coração já batia rápido demais,
Escorrega um copo da minha mão instável
E sua estrutura de vidro se desfaz
Aquele sangue rubro já estava ali?
Santo Deus, ou foi eu que me feri?
Se aguente aí, minha filha,
E eu nem tenho papel!
A bagunça fica pra depois
As vasilhas também
Não consigo aturar a dor
De retardar esse neném
Quer tomar ar, sair de mim,
O que você tem em mente, faceira?
Onde eu estava com a minha cabeça?
Mas agora eu estou sozinha na cozinha
Sem toalha, água quente, caneta.
Do que se precisa nessas horas?
Mas ela está ali querendo sair,
Com receio, pois não está no horário.
Saí arrancando minhas vísceras,
Seria um aborto involuntário?
Mas respira, eu posso ouvir,
Nasce um novo poema
Como uma filha pra mim.
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