sábado, 4 de fevereiro de 2012

Nascimento Inesperado

    Lavando a louça,
      Água pra todo lado,
  Senti molhar minha roupa,
    Iniciava uma dor suportável
       E uma leve dormência no braço,
Mas meu coração já batia rápido demais,
Escorrega um copo da minha mão instável
           E sua estrutura de vidro se desfaz
       Aquele sangue rubro já estava ali?
 Santo Deus, ou foi eu que me feri?
       Se aguente aí, minha filha,
       E eu nem tenho papel!
A bagunça fica pra depois
                As vasilhas também
            Não consigo aturar a dor
                    De retardar esse neném
                    Quer tomar ar, sair de mim,
          O que você tem em mente, faceira?
        Onde eu estava com a minha cabeça?
         Mas agora eu estou sozinha na cozinha
                   Sem toalha, água quente, caneta.
                    Do que se precisa nessas horas?
                     Mas ela está ali querendo sair,
       Com receio, pois não está no horário.
             Saí arrancando minhas vísceras,
          Seria um aborto involuntário?
         Mas respira, eu posso ouvir,
Bem vinda a Terra, pequena!
               Nasce um novo poema
                Como uma filha pra mim.

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